Leite e medicamentos têm alta, mas IPCA-15 desacelera para 0,51% em Maio




O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), considerado uma prévia da inflação, desacelerou pelo terceiro mês seguido, para 0,51% em maio, segundo o IBGE. Em abril, o índice ficou em 0,57%. Em março, foi de 0,69%.


O que aconteceu? 


A alta de 0,51% foi a mais branda registrada pelo IPCA-15 desde outubro de 2022. À época, houve elevação de 0,16%, segundo o IBGE. O resultado de maio de 2023 também fez a taxa acumulada em 12 meses descer ao menor patamar desde outubro de 2020, quando era de 3,52%.



Saúde lidera alta 



O grupo que registrou a maior alta no IPCA-15 foi o de "Saúde e cuidados pessoais", com variação positiva de 1,49%. A alta foi puxada pelo aumento nos preços dos produtos farmacêuticos (2,68%), após a autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos, em 31 de março. Preço dos alimentos avança 0,94% no mês Segundo o IBGE, a alta no grupo Alimentação e Bebidas foi puxada pela alimentação no domicílio (1,02%). Veja quais itens ficaram mais caros: 


Leite longa vida: 6,03% (responde sozinho por 0,05 ponto percentual na taxa de inflação do mês) 

Tomate: 18,82% 

Batata-inglesa: 6,60% 

Queijo: 2,42% 

No lado das quedas, estão: Óleo de soja: -4,13%  e frutas -1,52%



Também ficou mais caro comer fora de casa. O IPCA-15 registrou uma alta de 0,73% na alimentação fora do domicílio, que pode ser explicado pelas variações do lanche (1,08%). Veja a variação mensal por grupo: 


Saúde e cuidados pessoais: 1,49% 

Alimentação e bebidas: 0,94% 

Habitação: 0,43% Despesas pessoais: 0,40% 

Vestuário: 0,35% 

Educação: 0,07% 

Comunicação: 0,02% 

Transportes: -0,04% 

Artigos de residência: -0,28% 



Como é calculado o IPCA-15? 

O IPCA-15 considera 465 produtos e serviços e mede a inflação para famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos. O indicador abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do país. A diferença está apenas no período de coleta dos preços e nas cidades pesquisadas.



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